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Sobre o inconsciente, segundo Freud

  • Foto do escritor: isabellatorqueti
    isabellatorqueti
  • 3 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de jul. de 2024

A teoria freudiana sobre o inconsciente começou a nascer quando em meados dos séculos XVIII e XIX, diante dos inúmeros casos de mulheres com sintomas como cegueira, paralisia de um dos membros, surdez, entre outros, que não apresentavam nenhum tipo de lesão orgânica que fosse correlata, o saber médico se viu diante de algo que carecia de mais explicações.


Sigmund Freud, insere a questão da sexualidade e da resistência nos estudos desses casos. Enquanto outros médicos viam naquelas mulheres apenas um organismo em colapso, Freud trazia à tona a ideia de um sujeito que resistia, que se recusava a se lembrar dos acontecimentos traumáticos que teriam causado seus sintomas no corpo. Ou seja, nasce aí a ideia de divisão subjetiva entre o Eu, que resiste, e o sujeito do inconsciente, que detém todo o saber de sua doença.


Desta forma, ao reconhecer a presença de forças inconscientes, passa a se levar em consideração algo que até então era visto como disparate, e que, segundo Freud, demonstra ser a terceira grande ferida narcísica da humanidade. Depois da descoberta feita por Galileu Galilei de que a humanidade não é o centro da criação; a descoberta de Charles Darwin, de que os seres humanos são apenas mais uma das espécies; Sigmund Freud nos mostra que nós não somos senhores de nós mesmos.


O Eu, instância psíquica da consciência, não detém todo poder e liberdade que a princípio imaginava-se. Por isso, costuma-se dizer que, aquilo que nós queremos (consciente) nem sempre é o que desejamos (inconsciente). Porém, isso não significa que estamos fadados a não fazer escolha alguma. Um trabalho de análise serve justamente para que seja possível fazer mudanças em nossa posição diante da vida, para que não sejam meramente repetições inconscientes.



 
 
 

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